O brasileiro sempre foi um sujeito empreendedor, mesmo quando ainda vivíamos sob o domínio de Portugal. Sobreviver neste país nunca foi uma tarefa fácil, muito menos nos dias de hoje.
O movimento empreendedor é forte onde há muitos problemas, desigualdades, legislações impeditivas e onde o Estado é ausente. O Brasil é tudo isso: um ambiente de grandes oportunidades, seja por leis restritivas, seja por falta de regulação ou por criatividade e intuição para antever demandas que ainda não estão explícitas.
As crises internacionais e também as crises internas criam oportunidades para empreendedores oportunistas e os que estão no sufoco. Enquanto uns choram, outros vendem lenços; enquanto o engarrafamento é grande, outros oferecem quitutes; se o sol escalda, o que mata a sede é água; se há alguém precisando de algo, há outro alguém encurtando a distância para uma solução física ou digital. É assim que funciona. Pode haver tecnologia envolvida ou apenas a boa e simples mão amiga.
Não importa quem teorizou primeiro o termo ‘empreendedorismo’, o fato é que esse impulso está no âmago de todo ser humano, esperando o momento certo para brotar e realizar.
No Brasil, o empreendedorismo é hoje assunto de Estado. Micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) representam 97% dos negócios existentes no país. Representam 57% do PIB e empregam a maioria da população economicamente ativa. Também são o elo fraco quando uma forte crise se abate sobre a economia.
Como as crises são cíclicas, cada uma que vem confirma a teoria de Darwin. Aprendemos vendo centenas de milhares morrendo todos os anos e, nas crises, os números assustam. Foi assim que o Brasil resolveu assumir que necessita assentar as bases de um ecossistema forte, dinâmico e inovador para ser cada vez menos impactado pelas crises recorrentes e também para evoluir continuamente frente aos desafios da Humanidade e do mercado competitivo internacional.
Assim, a partir da crise de 2008 o empreendedorismo e a inovação tornam-se, juntos, política de Estado. Diversas iniciativas governamentais começaram a acontecer. Programas de grande envergadura, fomento, incentivos, reformulação de leis, empoderamento de agentes públicos, recursos humanos etc.. Ao longo desse tempo cunhou-se a máxima: “dinheiro sobra, mas faltam projetos”. De fato faltavam projetos porque, apesar da ‘tsunami’ empreendedora, a mentalidade dos agentes econômicos continua voltada para as grandes empresas nacionais, mistas e multinacionais estrangeiras. Assim, o primeiro impulso para um ecossistema nacional caiu por terra em 2013.
Com o Impeachment da Presidente Dilma Rousseff e mudança de rumos na política econômica, o Brasil caminha novamente para estabelecer bases sólidas de um ecossistema empreendedor nacional, inclusive com iniciativas de agentes privados. No entanto, estados e cidades com maior relevância e estrutura caminham adiante de outras. Exemplos são Florianópolis, São José dos Campos, Porto Alegre, Recife, Belo Horizonte, Uberlândia, Curitiba, São Paulo, Itajubá, Santa Rita do Sapucaí. O Rio de Janeiro está atrás de todas elas. Carece de união nas iniciativas e de uma liderança aglutinadora.
A boa notícia é que recentemente os principais agentes do ecossistema nacional se reuniram em Brasília para confirmar o óbvio: a forma como o Estado encarou o empreendedorismo não está levando a lugar nenhum. “Unicórnios” não representam sucesso. O sucesso está na capacidade de sobrevivência e de crescimento das empresas que hoje estão na ‘savana’ e a chance da mesma coisa acontecer com as que vierem depois. E foi por este motivo que em 2016 fundamos a Associação Brasileira dos Mentores de Negócios - ABMEN (www.abmen.com.br), uma instituição cujo propósito central é fortalecer empreendimentos/empresas por meio da formação e qualificação de Mentores de Negócios profissionais e comprometidos em ajudar o empreendedor/empresário/executivo a entender do seu próprio negócio, a encontrar o melhor caminho de solução para seus problemas e tomada de decisões mais acertadas, colocando, inclusive, a sua rede de relacionamentos a serviço de seus clientes para que seus resultados sejam alcançados.
Aproveito para convidá-los para o 1º Workshop de Mentoria de Negócios e Networking. Espero vê-los lá: https://www.sympla.com.br/1-workshop-de-mentoria-de-negocios-da-abmen__165105?utm_medium=cpc&utm_source=criteo-sympla&utm_campaign=recomendacao-sympla
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